ROCKLAND - CAPÍTULO 13

NOME DO CAPÍTULO: "Até o Santo Desconfia"

AUTOR: "Leonardo Bueno"

NÚMERO DO CAPÍTULO: "13"

CLASSIFICAÇÃO DO CAPÍTULO: "12 Anos"

No capítulo anterior...

"A diretora descobre que Pedro já sabe seu poder, Paz conta que Leonardo está morto. Leonardo e Jéssica encontram um ligar para ficar. Juan se declara para Mary e a beija"

- Meu nome é Esme.

- Esme? - pergunta Leonardo assustado.

- Sim, Esme!

- Mas, Esme é nome de gente? - pergunta Jéssica.

Leonardo aperta a mão de Jéssica reprendendo-a.

- Me digam garotos, o que está acontecendo? 

Leonardo explica a história para Esme.

- E o que vocês querem que eu faça por vocês? - pergunta Esme após dez longos minutos. 

- Só queríamos saber se a senhora pode nos arrumar um lugar para morar, até as coisas acalmarem - fala Leonardo.

- Mas é claro! Tenho dois quartos vagos. A empregada foi demitida e minha filha se mudou, então os dois quartos estão sem ninguém! - fala Esme.

- Não precismos de dois, somente de um - explica Leonardo.

- Mas vão dormir os dois juntos? - pergunta Esme assustada.

- Somos namorados, não há problema, né? - pergunta Jéssica.

- Claro que não! Entrem, a casa é de vocês, falando nisso, vocês tem roupas? - pergunta Esme.

- Hmmm...., não! - fala Jéssica.

- Eu vou comprar as roupas, quando voltar, faço um jantar.

- Não precisa se incomodar - fala Leonardo.

- Não vou me incomodar, queridos, agora vocês são meus hóspedes, fiquem á vontade! Volto em mais ou menos, duas horas! Enquanto isso, por que não tomam banho? Tem roupas limpas no guarda-roupa do quarto da minha filha, podem usá-las até eu voltar. Tem roupas de menino no meu quarto Leonardo, era do meu marido.

Esme sai com a bolsa.

- Muito legal essa senhora, né? - fala Jéssica.

- É, legal até demais. Legal desse jeito, até o santo desconfia! Há muita gente mal, mas a maioria não é muito mal. Eu acho que a melhor opção é sempre não desconfiar, nunca. A desconfiança de nada serve. A desconfiança te faz você terminar desconfiando de todos. A desconfiança nos afasta, nos faz perder novos afetos, e nos deixa á deriva. Podemos nos equivocar, confiando na pessoa equivocada, mas a maioria das vezes não é assim, confiamos nos amigos.

- A desconfiança gera entrigas e as intrigas dividem e debilitam. Os outros te deixam só, é só você é mais fraco, e aí sim posso te atacar, porque estará vulnerável. E assim não confia, não se relaciona, e aí sim, você será muito frágil.

- Vai me atacar?

- Não, seu bobo! Só estou te dando um exemplo! Vamos tomar banho?

- Juntos?

- Claro... que não! Eu tomo primeiro!

No hospital...

- Doutor, ela já pode voltar para casa? - pergunta Juan.

- Pode, mas se sentir qualquer dor, deverá voltar o mais rápido possível.

- Tudo bem!

Juan leva Mary de volta para sua sala. A coloca na cadeira e diz:

- Precisamos conversar!

No colégio...

- Morto? Como assim? - pergunta Márcia em pânico.

- O Pedro viu onde ele estava, e quando cheguei no lugar, havia sangue no chão, uma arma e vidros quebrados! - explica Paz.

- E agora? O que será de mim? E minhas filhas?

- Suas filhas? Você tem filhas?

- Sente-se, vou explicar tudo - fala Márcia cheia de lágrimas nos olhos.

Paz se senta.

- Minhas filhas eram gêmeas, mas de placentas diferentes.

- O que é isso?

- Quando crianças gêmeas nascem de placentas diferentes, elas não nascem iguais, mas do mesmo jeito são gêmeas. Posso continuar?

- Claro.

- Quando já estavam com mais ou menos um ano e meio, meu marido foi á um super-mercado e levou elas, se distraiu e quando voltou a olha-las já não estavam mais lá. Tinham sido raptadas, depois de quinze anos, um homem me ligou e disse que devolveria elas, se eu entregasse os sete alunos especiais. E isso que eu estou fazendo aqui. Esperando esses alunos descobrirem tudo, para ter minhas filhas de volta.

- Como sabe que ele está dizendo a verdade? - pergunta Paz.

- Não sei. Mas é minha única escolha.

- E o seu marido?

- Esta na Espanha, trabalhando.

- Ele não ajuda a procurá-las?

- Não, infelizmente, aquele cachorro prefere trabalhas do que procurar as próprias filhas! - grita Márcia.

- Minha história é mais ou menos parecida!

- Como assim? Pode me contar? - pergunta Márcia enxugando as lágrimas, curiosa.

- Não me lembro de muita coisa, sei que durante mais ou menos quinze anos, um senhor disse que teria que vir para esse colégio, e raptar os sete alunos. Se rapta-se   Só que eu e minha irmã, não quisemos raptar ninguém, depois disso, na noite em que fizemos uma reunião na biblioteca, o Leonardo foi o primeiro a sair, e com certeza foi nessa hora que raptá-lo.

- Será que você trabalhava para a mesma pessoa que eu?

CONTINUA...